quinta-feira, 23 de junho de 2011

Drogas: a triste alegria

Muito se discute na mídia a respeito da legalização do uso da maconha no Brasil. No último dia 16 de junho, o Supremo Tribunal Federal, liberou as manifestações conhecidas como Marcha da Maconha. De acordo com o STF, a marcha não faz apologia ao crime. Para alguns especialistas, a legalização da droga é a única maneira encontrada para vencer o tráfico de entorpecentes no país.
A maconha, assim como todas as drogas, oferece riscos à saúde do usuário. Seus efeitos não se limitam apenas a saúde física, mas também gera danos psicológicos. No ranking das drogas mais perigosas, a maconha aparece em último lugar, abaixo do cigarro. A questão gira em torno da saciedade dos usuários, não contentes em consumir a maconha, muitos apelam para o uso de drogas mais fortes como a cocaína, heroína e o crack.
Em São Paulo, os brasileiros vêem o exemplo da cracolandia. Várias pessoas vivem em estado de verdadeira calamidade física e psicológica. Não tem noção das mais simples necessidades fisiológicas, como fome, frio e cansaço. Seres humanos que vivem como zumbis perambulando pelas ruas imundas da cracolandia, sendo nomeadas de lixo pelos policiais que não entendem que ali não há bandidos, e sim pessoas doentes, que precisam de ajuda.
Na última terça-feira, 21, o programa A Liga- veiculado pela rede Bandeirantes, mostrou a rotina de um usuário de crack, que segue um ciclo vicioso. Trabalha, ganha dinheiro e compra pedra. Em menos de algumas horas, o viciado chegou a consumir oito pedras de crack. A droga é tão devastadora que o rapaz não sentia fome, nem frio e muito menos medo da violência que invade as favelas, onde a droga é encontrada.
Legalizar a maconha, apenas dará margem ao consumo de outras drogas mais perigosas. As pessoas têm o direito de sair nas ruas em marcha a favor da legalização da maconha. Mas antes de qualquer manifestação, devem pensar nas conseqüências que isso trará para a sociedade. Nossos jovens precisam de uma alegria verdadeira, vinda do amor da família, dos amigos e do sucesso. Não é necessário se drogar e alienar-se dos problemas cotidianos usando drogas. A legalização do uso da maconha, apenas financiará o vício de mais pessoas. Cada vez mais jovens serão vítimas da triste alegria oferecida pela droga.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Ao diploma inválido

Há exatamente dois anos, no dia 17 de junho de 2009, O Supremo Tribunal Federal decretou o fim da obrigatoriedade do diploma de Jornalismo. Vários alunos que estavam cursando jornalismo viram-se em uma incerteza. Para que estudar durante quatro anos, sendo que não preciso de um diploma para exercer a profissão?
A maioria deve ter respondido que certamente não vale à pena continuar no curso. Mas, quem disse isso, não deve entender que antes de tudo, um curso superior não dá apenas “diplomas”. A universidade concede aos alunos base teórica e prática para que o futuro profissional possa entrar no mercado de trabalho preparado para todas as competências exigidas. Quem estuda jornalismo, sabe que não é tão simples escrever um bom texto, fazer uma reportagem televisiva, um programa de rádio ou até mesmo fazer fotografias que realmente passem alguma informação para quem a vê.
Diante da decisão do Supremo, podemos entendê-la como medo e falta de respeito com a imprensa e principalmente com os cidadãos (que estão à mercê de informação crua, não checada, textos pobres e reportagens superficiais). Não é interessante que a imprensa seja crítica. Para muitos veículos de comunicação também não é de bom grado, ter em suas redações 100% de profissionais formados; é mais barato.
Mas, em meio a esse cenário, em que a imprensa, as universidades e principalmente os bons profissionais são desmerecidos, o que se aprende na faculdade continua sendo indispensável. Pena que nem todos pensam assim, inclusive alguns alunos.
Ao Supremo, a decisão não conseguiu afetar a qualidade do jornalismo brasileiro. Em meio à “imprensa marrom”, sempre haverá bons jornalistas dispostos a cumprir com o dever de informar a sociedade da melhor forma possível; com diploma válido ou não.