quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Quem acredita sempre alcança

De volta a este espaço querido onde comecei a escrever minhas primeiras frases. Sinto aqui como uma extensão da minha alma, pois não preciso narrar o texto em terceira pessoa e todas aquelas regras e blá, blá....
Bom, 2011 está acabando, dando seus últimos suspiros. Mas mesmo com todos os tombos foi um ano muito bom em todos os aspectos. Aprendi muita coisa, a principal delas foi não chorar por mais nada. Fui bem recebida em alguns lugares, destratada em outros.
Já fui dormir com um sorriso no rosto a ponto de nem conseguir fechar os olhos de tanta felicidade. Já vibrei com respostas, já chorei por causa das dificuldades, mas persisti. Conheci de fato quem são meus amigos de verdade, porém não me abalei ao saber sobre os inimigos.
Coloquei música alta no carro e dirigi olhando as estrelas. Abracei quem eu tive vontade, disse "eu te adoro" quando queria, segurei na mão de alguém quando tive medo de cair.
Fotografei as flores, o céu, os pássaros, as crianças, o amor entre dois velhinhos. Já fiquei parada olhando uma foto antes de dormir.
Disse que escreveria um livro e estou escrevendo. Minha mão dói, meus ombros doem, minha coluna, mas não ligo. Se preciso, o escreverei um milhão de vezes. É meu sonho e só fico em paz no dia que ele se realizar.
Uma das principais coisas que aprendi em 2011 foi a lutar. Por isso, deixo um conselho. Mesmo que te machucarem, mesmo que você sofra, se tudo estiver contra você...Reaja. Não adianta ficar parada olhando a vida passar. Heii, busque! Ninguém vai trazer as coisas em suas mãos. Aprenda a ouvir não, ele fortalece. Siga sempre de cabeça erguida!
Desistir é fraquejar, lute sempre!!!
Que 2012 seja um ano de inúmeras conquistas. Mas se não for...Continue...

Como dizia Renato Russo: "Quem acredita sempre alcança"

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Jornalismo ou Direito: a resposta

Há três anos atrás eu estava na mesma mesa com lágrimas nos olhos atordoada pela dúvida entre continuar minha graduação em jornalismo ou mudar de faculdade e estudar Direito. Confesso, não foi fácil, mas a resposta veio e hoje estou muito feliz e cada vez mais apaixonada por esse vício chamado jornalismo.
Sempre achei lindo o papel de um juiz, a defesa do advogado e até mesmo o trabalho do Promotor de Justiça. Mas não nasci para isso, eu gosto de palavras, verbais ou não. Minha vida é lá na rua com bloco de papel e caneta na mão, com a câmera fotográfica no pescoço. Eu gosto de falar sobre pessoas, mostrar sorrisos, apontar erros onde existem e ajudar a justiça.
Jornalismo muitas vezes pode ser considerada uma profissão superficial, boêmia e não muito levada a sério. Quem diz isso é bobo! não conhece o jornalismo. Quem fala isso não sabe o quanto essa profissão é linda, por ligar pessoas e lugares através da mágica de textos e imagens.
Sei que é época de vestibular e muitos estão com a mesma dúvida que eu tive há três anos. Como amiga aconselho que antes de tudo sigam seus corações. Salário alto não põe sorriso no rosto, nem mesmo proporciona o prazer de fazer aquilo que você gosta.
Leve sua escolha como se o curso fossem dois garotos lindos que você se sente atraída, você terá que escolher um. Mas na hora da escolha, prefira aquele que te dê liberdade, faça você rir, que te apaixone a cada dia e o mais importante de tudo aquela capaz de abrir seus olhos.
Entre Direito e Jornalismo, eu escolhi JORNALISMO, porque não sei viver sem ele. Eu preferi viver para sempre ao lado dos meus textos, das minhas fotografias (que muitas vezes eram músicas), das minhas reportagens e principalmente dos livros maravilhosos. Continuei no curso de jornalismo e estou prestes a realizar meu maior sonho: escrever um livro.

Que todos ouçam o coração na hora da escolha!!!! O melhor conselheiro é ele, sempre!
Eu parei, ouvi meu coração e hoje estou muito feliz...

sábado, 10 de setembro de 2011

Aos queridos amigos

Depois de muito tempo, volto a este espaço no qual dei pequenos passos como escritora. Embora muito desatualizado, mantenho um certo carinho por esse querido diário, ao qual dividi com meus leitores muitas coisas, momentos de alegrias, indignação e tristeza.
Estou na reta final do meu curso de jornalismo, começando a escrever o TCC (Trabalho de Conclusão de Curso), cujo tema será "O livro-reportagem como retrato da realidade dos menores infratores". Olha só a responsabilidade! vou me aventurar a escrever um livro.
A minha paixão pelas palavras iniciou-se desde quando eu era pequena, ainda no ensino fundamental, recebi um prêmio de melhor redação. No ensino médio, um conto escrito por mim inspirado no livro "Vidas Secas", acabou virando peça teatral. A paixão continuou e resolvi fazer jornalismo. O período foi de muitas turbulências, mas aqui estou, firme e forte.
Poderia escolher qualquer outra mídia mais moderna como a TV, o rádio ou a internet, mas mantive-me fiel ao velho e bom jornalismo impresso. Quem sabe um dia eu realizo meu sonho de trabalhar como repórter da revista Marie Claire...rs. Além de ser apaixonada por impresso, também gosto de imprensa feminina.
Inclusive meu TCC seria sobre imprensa feminina, mas eu achei melhor abordar o tema sobre Criminalidade na adolescência, um problema que todos os dias está estampado nos jornais, mas ninguém nunca parou para conhecê-lo de perto.
O trabalho não será fácil, mas estou extremamente animada para dar início aos trabalhos. Desde já conto com a ajuda de muitas pessoas, principalmente das queridas professoras Glauciane, Elisandréia e Patrícia, que me aturam diariamente falando do meu TCC. Mais do que tudo, conto com a dedicação, carinho e companheirismo do meu orientador Plínio, que sempre se mostrou disposto a ajudar. E mais fundamental ainda, é o apoio de meus pais e amigos, que torcem para o sucesso deste trabalho.


Deixo neste espaço, meu agradecimento à essas pessoas tão importantes.

Muito Obrigada!!!

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Drogas: a triste alegria

Muito se discute na mídia a respeito da legalização do uso da maconha no Brasil. No último dia 16 de junho, o Supremo Tribunal Federal, liberou as manifestações conhecidas como Marcha da Maconha. De acordo com o STF, a marcha não faz apologia ao crime. Para alguns especialistas, a legalização da droga é a única maneira encontrada para vencer o tráfico de entorpecentes no país.
A maconha, assim como todas as drogas, oferece riscos à saúde do usuário. Seus efeitos não se limitam apenas a saúde física, mas também gera danos psicológicos. No ranking das drogas mais perigosas, a maconha aparece em último lugar, abaixo do cigarro. A questão gira em torno da saciedade dos usuários, não contentes em consumir a maconha, muitos apelam para o uso de drogas mais fortes como a cocaína, heroína e o crack.
Em São Paulo, os brasileiros vêem o exemplo da cracolandia. Várias pessoas vivem em estado de verdadeira calamidade física e psicológica. Não tem noção das mais simples necessidades fisiológicas, como fome, frio e cansaço. Seres humanos que vivem como zumbis perambulando pelas ruas imundas da cracolandia, sendo nomeadas de lixo pelos policiais que não entendem que ali não há bandidos, e sim pessoas doentes, que precisam de ajuda.
Na última terça-feira, 21, o programa A Liga- veiculado pela rede Bandeirantes, mostrou a rotina de um usuário de crack, que segue um ciclo vicioso. Trabalha, ganha dinheiro e compra pedra. Em menos de algumas horas, o viciado chegou a consumir oito pedras de crack. A droga é tão devastadora que o rapaz não sentia fome, nem frio e muito menos medo da violência que invade as favelas, onde a droga é encontrada.
Legalizar a maconha, apenas dará margem ao consumo de outras drogas mais perigosas. As pessoas têm o direito de sair nas ruas em marcha a favor da legalização da maconha. Mas antes de qualquer manifestação, devem pensar nas conseqüências que isso trará para a sociedade. Nossos jovens precisam de uma alegria verdadeira, vinda do amor da família, dos amigos e do sucesso. Não é necessário se drogar e alienar-se dos problemas cotidianos usando drogas. A legalização do uso da maconha, apenas financiará o vício de mais pessoas. Cada vez mais jovens serão vítimas da triste alegria oferecida pela droga.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Ao diploma inválido

Há exatamente dois anos, no dia 17 de junho de 2009, O Supremo Tribunal Federal decretou o fim da obrigatoriedade do diploma de Jornalismo. Vários alunos que estavam cursando jornalismo viram-se em uma incerteza. Para que estudar durante quatro anos, sendo que não preciso de um diploma para exercer a profissão?
A maioria deve ter respondido que certamente não vale à pena continuar no curso. Mas, quem disse isso, não deve entender que antes de tudo, um curso superior não dá apenas “diplomas”. A universidade concede aos alunos base teórica e prática para que o futuro profissional possa entrar no mercado de trabalho preparado para todas as competências exigidas. Quem estuda jornalismo, sabe que não é tão simples escrever um bom texto, fazer uma reportagem televisiva, um programa de rádio ou até mesmo fazer fotografias que realmente passem alguma informação para quem a vê.
Diante da decisão do Supremo, podemos entendê-la como medo e falta de respeito com a imprensa e principalmente com os cidadãos (que estão à mercê de informação crua, não checada, textos pobres e reportagens superficiais). Não é interessante que a imprensa seja crítica. Para muitos veículos de comunicação também não é de bom grado, ter em suas redações 100% de profissionais formados; é mais barato.
Mas, em meio a esse cenário, em que a imprensa, as universidades e principalmente os bons profissionais são desmerecidos, o que se aprende na faculdade continua sendo indispensável. Pena que nem todos pensam assim, inclusive alguns alunos.
Ao Supremo, a decisão não conseguiu afetar a qualidade do jornalismo brasileiro. Em meio à “imprensa marrom”, sempre haverá bons jornalistas dispostos a cumprir com o dever de informar a sociedade da melhor forma possível; com diploma válido ou não.

domingo, 1 de maio de 2011

Sobre Fotografia...






O fotógrafo era visto como um observador agudo e isento - um escrivão, não um poeta. Mas, como as pessoas logo descobriram que ninguém tira a mesma foto da mesma coisa, a suposição de que as câmeras propiciam uma imagem impessoal, objetiva, rendeu-se ao fato de que as fotos são indícios não só do que existe mas daquilo que um indivíduo vê; não apenas um registro mas uma avaliação do mundo." Susan Sontag

terça-feira, 8 de março de 2011

Guerra dos sexos

Em plena sociedade moderna a expressão “Guerra dos Sexos”, ainda existe no relacionamento homem e mulher. Essa “guerra” pode ser vivenciada no mercado de trabalho e nas relações entre o sexo feminino e masculino. No entanto, o cenário começa a mudar, já que cada vez mais mulheres conquistam espaço de destaque na sociedade.
Por muitos anos a imagem das mulheres ficou relacionada à figura doméstica. Principalmente na imprensa feminina da época as mulheres eram conhecidas como “Pobres rainhas tristes”; rainha do lar, mas infeliz por não ter direitos como o voto e espaço restrito na sociedade.
Até metade do século XIX as mulheres não tinham o direito de expressão e o espaço reservado a elas nos jornais e revistas eram insignificantes tratando apenas de assuntos como moda e literatura. Uma boa esposa deveria saber se vestir, entender de poesias e servir o marido mesmo sem sentir prazer, uma forma de violência contra a mulher que atualmente ainda existe.
Segundo a professora e socióloga Júlia Simões Moita, a mulher ainda continua sendo vítima da violência masculina, além disso, se desgasta com a dupla jornada; trabalhando fora e em casa. Júlia Moita também classifica a busca pelo corpo perfeito como uma violência contra a mulher. “Além de ter problemas em casa e no trabalho, a mulher ainda tem que lutar contra a ditadura da beleza”.
Para a socióloga não existe mais guerra entre os sexos, pois em muitos casos homens e mulheres exercem as mesmas funções sem nenhum conflito. Mas o preconceito ainda está presente em relação ao sexo feminino, já que muitas mulheres ganham salário inferior exercendo os mesmos cargos destinados aos homens.

Muitos dos direitos conquistados pelas mulheres foram alcançados através de três ondas feministas. A primeira no XIX surgiu na França, entre as principais reivindicações estava o direito ao voto. As outras duas ondas feministas tiveram como objetivo a ampliação do espaço para a mulher na sociedade.
No Brasil a lei Maria da Penha foi criada com o objetivo de proteger a mulher contra qualquer tipo de violência seja ela física, moral e sexual. Através dessa lei as mulheres podem denunciar seu agressor com segurança e sem sofrer ameaças. No entanto, a lei Maria da Penha não resolve todos os problemas relacionados à violência contra o sexo feminino.

Sobre o Dia 8 de Março

O Dia 8 de Março ou Dia Internacional da Mulher, teve sua origem a partir das manifestações de operárias russas por “paz e pão”, no ano de 1917. As operárias lutavam para ter melhores condições de trabalho nas fábricas, já que o ambiente era úmido e a jornada de trabalho era muito longa, muitas vezes levando as mulheres a adoecerem.
Para muitas pessoas o Dia Internacional da Mulher é um dia exclusivo de comemorações e motivo para presentes. A real intenção do dia 8 de março é abrir mais espaço na sociedade para as mulheres. É o dia que as mulheres ganham espaço para tratar de temas não rotineiros nos noticiários diários, mas existentes no dia-a-dia do sexo feminino.

E a Guerra dos sexos?

Essa expressão definitivamente pode cair. Homens e mulheres não vivem em guerra. Ambos estão convivendo em situação pacífica na sociedade. Mas, a mulher ainda é considerada sexo frágil e infelizmente vítima de violência.
O cenário entre homens e mulheres melhorou muito nos últimos anos. Comprova-se isso no mercado de trabalho, local em que homens e mulheres convivem sem nenhum arsenal bélico, exceto quando o assunto é promoção.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Caminhos...




O Caminho da Vida

O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos.

A cobiça envenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódios... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e morticínios.

Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria.

Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco.

Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.
Chaplin

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

O amor e o tempo

Tempo uma caixa cheia de surpresas. Boas, ruins, alegres e tristes. Período de cicatrização e abertura de feridas. Como dói o coração de quem a tempos ama alguém que não está por perto. Quando um minuto dura uma hora e a saudade se transforma em gotas de lágrimas.

Uma rosa nasce de um pequeno botão, desabrocha e com o tempo fica murcha. Será que ficamos murchos? O amor é parecido com uma flor, com a primavera. Embora para muitos o amor mais pareça um inverno. No meu caso ele sempre foi um outono. Passa por mim assim como as folhas que caem das árvores e correm pelo chão na hora que o azul do céu se mistura com o amarelo. Meu amor nunca murchou, apenas ficou anêmico.


“Como eu queria que o tempo voltasse”! Também gostaria muito, mas ele não volta. Talvez se o relógio colaborasse eu poderia consertar meus erros e hoje não estaria derrubando gavetas, revirando papéis e olhando fotos. “Devia ter arriscado mais, e até errado mais, ter feito o que eu queria fazer”... Até a perfeição tem falhas. Só eu sei o quanto dói tudo o que deixei de fazer.
Nunca me comprometi, uma perfeita diplomata. Continuo da mesma forma, inclusive quando sei que um simples eu e sim, podem mudar tudo. Mas, e se rirem de mim? Agora entendo o motivo das estufas. Esqueci não posso me machucar. Eu mesma consigo causar estragos sem fazer nada.


E enquanto não me comprometo, continuo olhando e rezando pelo tempo. Peço que ele passe depressa e eu consiga alcançá-lo. Nunca gostei de relógios. Prefiro riscar calendários e sonhar com o dia da alforria. Eu me darei alforria. Enquanto ainda me prendo, meu amor continua no outono, minha folha verde correndo mundo afora. Sim, ela ainda é verde. Porque meu amor não deixou que o tempo a matasse. O tempo só transformou meu amor em versos, lágrimas e um vazio preenchido de saudade.




segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

A arte das sombras


A sociedade contemporânea está rodeada por diferentes grupos que recebem o nome de tribos urbanas. Os góticos, muitas vezes confundidos com os punks, possuem uma forma diferente de ver a vida; enxergam a vida na cor preta e branca, contrastando a sombra com a luz, anjos com caveiras, a morte com a vida e o colorido do amor com a tristeza da solidão.

Você já deve ter ouvido falar sobre os góticos, seja pelo visual, poemas, esculturas ou na arquitetura. Os góticos fazem parte de uma das inúmeras tribos urbanas existentes na sociedade.


Mas, o que são tribos urbanas?


Qualquer tipo de sociedade é formada por uma cultura. Assim que uma criança nasce vários hábitos, crenças e costumes são passados ao longo do tempo. Na adolescência o ser humano decide se quer fazer parte dessa cultura ou não.

As tribos urbanas, mais conhecidas como um fenômeno juvenil vem crescendo a cada dia nas cidades, não só nos grandes centros, mas também no interior. São rodeadas por códigos e normas, mal compreendidas e estudadas por sociólogos, assim como um fenômeno. São organizadas como qualquer sociedade. Possuem normas, estilo e pensamentos diferenciados do tradicional. Esses grupos geralmente se formam a partir de pessoas que têm o mesmo interesse e se identificam com a maneira de ser das mais diferentes tribos urbanas.
Os góticos são um tipo de tribo urbana, cujas características são ressaltadas não só no visual, mas em uma das mais belas expressões de arte.



Tudo sobre uma gótica


A estudante de jornalismo Priscila Soares é uma típica gótica. Veste-se de preto, tem cabelos longos e franja escorrida nos olhos, maqueia-se com lápis preto nos olhos e usa tênis com desenhos de caveira. Seu blog chama-se “Anjo Sombrio”, lugar ao qual ela se dedica a escrever seus poemas que expressam todo seus sentimentos em relação ao mundo, ao preconceito e ao amor.
Priscila se identificou com os góticos assim que entrou na sua primeira faculdade de informática. Segundo ela, a identificaçao com a tribo se deu através dos poemas. “Assim como os góticos eu escrevia poemas, me identifiquei com eles através dos poemas, da forma que eles conseguiam passar para o papel todos os seus sentimentos”.

Os góticos são de poucas palavras. Preferem estar em contato com pequenos grupos e usam uma linguagem que é expressada atáves dos poemas, das música (rock com letras romanticas), pinturas e desenhos. O lugar mais utilizado para a demostração dessa arte é o cemitério. Priscila explica que no cemitério o gótico encontra todas as imagens que passam por suas mentes como caveiras e anjos.


As baladas geralmente são em boates ou shows de rock. Mas, ao contrário dos punks, os góticos não gostam de som pesado. Preferem letras mais suaves que falam de sentimentos.



Os seguidores do goticismo levam uma vida normal, embora a sociedade tradicional muitas vezes os olhem com preconceito. Priscila é um exemplo. Moradaora da cidade de Suzanapolis, ela viaja todos os dias para Fernandópolis, onde estuda jornalismo e ainda faz estágio em uma rádio na cidade de Pereira Barreto.
Quanto ao preconceito, Priscila afirma que incomoda muito, mas ela já se acostumou com isso e não mudará seu estilo para agradar as outras pessoas. “Gosto de ser eu mesma, não me importo com o que as outras pessoas pensam”.



A Arte Gótica


Arquitetura

Não é preciso ir até um cemitério para encontrar rastros da arte gótica. Ela está bem no centro da cidade, na igreja. Sim, a arquietura das igrejas a partir do século XII, entre os anos de 1150 e 1500, foram construídas inspiradas na arte gótica que é tão antiga quanto a história da humanidade. Caracterizada por paredes altas e finas, tetos em formato de pirâmide e grandes vitrais.
A Catedral da Sé em São Paulo é um exemplo das construções góticas. Uma das mais famosas é a Catedral de Notre Dame de Paris.


Escultura


A escultura gótica segue as mesmas características da arquitetura. Prevalecem formas alongadas. Rostos expressivos e exagero nas formas. Geralmente são usadas em igrejas.

Pintura


A pintura gótica é marcada por grandes nomes. Entre eles Giotto, famoso por pintar figuras de santos. O olhar da pintura gótica sempre é direcionado para cima, representa o olhar para o céu e os planetas.

Literatura

A literatura é uma das formas mais fortes de expressao da cultura gótica. A primeira manifestaçao dessa literatura aconteceu no século XVIII na Inglaterra no livro Castelo de Otranto, do escritor Horace Walpole.
No Brasil, a arte gótica ficou conhecida através da corrente literária do romantismo, através dos textos de Álvares de Azevedo. As histórias góticas incluem personagens como a morte, cospirações, vampiros e anjos.
Raul Seixas e Paulo Coelho comporam uma canção chamada “Rock do Diabo”, na qual são encontrados elementos da literatura gótica.

Viu só? A tribo gótica é composta por várias características. Quantas vezes passamos em frente a uma igreja e nem sabemos porque as paredes são altas e o teto em forma de pirâmide? Toda as expressões de arte, seja ela arquitetura, pintura ou literatura tem uma história por trás.
A arte sombria contribui muito para a beleza das igrejas, para a leitura de poemas, que mesmo tristes e sentimentais escondem a beleza das dualidades e o contraste da luz no negro.

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Saiba mais sobre os góticos


Algumas dicas para você conhecer mais sobre essa tribo

Leitura: Noite na Taverna (Álvares de Azevedo)
Música: Rock do Diabo ( Raul Seixas e Paulo Coelho)
Filme: O Fantasma da Ópera

domingo, 23 de janeiro de 2011

Para quem não tem palavras...

Confesso! Faz algum tempo que não escrevo. Não é preguiça, nem descaso com a escrita. Gostaria de escrever sobre tantas coisas, mas tenho medo de confundi-los caros leitores. Temo encharcar meus textos de sentimentalismo e esquecer que o mundo não tem nada a ver com meus sentimentos.
A primeira lição aprendida na faculdade sobre textos jornalísticos é essa: Jornalista não pode entrar na narrativa, ele é apenas um observador que narra fatos. Todavia, o narrador também respira, chora, perde e principalmente ama. Resta guardar tudo no mais profundo da alma e tornar-se oco. Sou oca há muito tempo, não me dou mais ao luxo de sentir nada. Seria síndrome de Macabéa?
É que na verdade mais pessoas precisam que eu escreva sobre elas. O sofrimento às vezes purifica e bom sofredor não foge, ele vê suas coisas escapando pelas mãos e continua contemplando sua perda; até que desapareça de uma vez. Quem sabe um dia escreverá sua própria história? E assim finalmente seja a estrela de alguma coisa. Em gramática chamamos de narrador personagem e o verbo é sempre em primeira pessoa.

Como poderei continuar oca? Se o mundo é movido pelos sentimentos, seja bons ou ruins? Basta olhar para os lados vejo amor entre aquelas almas apaixonadas, sofrimento nos rejeitados, indignação por quem sofre e a alegria das crianças. Eu também tenho todos os sentimentos do mundo.
Gosto de contar histórias. Elas tornam minha vida menos rotineira e principalmente faz com que eu esqueça tudo. Faz-me sentir útil, através delas existo. Escrevo, logo existo.

Escrever é uma necessidade. As palavras nos oferecem vários recursos como ambigüidades, conjugações verbais e muito pleonasmo. Posso contar minha vida e você nem saberá. Versos conquistam, músicas apaixonam e uma declaração muda tudo. Basta saber uni-las.
Mas, como já disse o mundo nada tem com meus sentimentos. Talvez eu só esteja escrevendo para você que também está oco ou sofrendo por falta de alguma coisa. Nessas minhas observadas percebi que alguém precisava de palavras, aqui estão elas. Por um instante pego os sentimentos dos outros.
Sofreria por tudo, menos por falta de palavras.