quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

O que é ser Jornalista?

Um texto da colega jornalista Elis Monfardini fez-me refletir sobre essa profissão. O que é ser jornalista?
Para muitos ser jornalista, é ser fofoqueiro, boêmio e sem escrúpulos. Ou seja, um jornalista passa por cima de tudo e de todos por um furo de reportagem. Há muito preconceito por essa profissão.
Todavia, tenho uma visão contrária desse ponto de vista. Embora não pareça o jornalista trabalha para o público, para que todas as manhãs e em qualquer horário as pessoas estejam informadas do que está se passando no mundo.
O que seria das pessoas sem informação? Acredito que tudo seria difícil.
Certo dia na aula de filosofia na faculdade o professor fez a seguinte pergunta: Qual a relação entre o filósofo e o jornalista? Voltei para casa intrigada com o desafio e hoje descobri a resposta.
O jornalista assim como o filósofo tem a função de indagar e esgotar todas as dúvidas possíveis para chegar cada vez mais perto da verdade.
No entanto, não darei muita ênfase neste assunto, pois entre em áreas do conhecimento e exigem conhecimento de torias semióticas e filosóficas.
O jornalista trabalha para o público, para trazer até você o que acontece no mundo. Isso é ser jornalista.
Quanto à questões éticas, toda profissão tem sua laranja podre, e no jornalismo não poderia ser diferente. Sempre terá "profissionais" utilizando-se do sensacionalismo para obter audiência e conquistar fidelidade do público.
Há formas melhores de se noticiar, sem chocar e causar desconforto do público. Citarei como exemplo uma foto publicada em um jornal local, tinha a foto de um cão de funil, ferido e sangrando, bem na capa.
Eu que sou apaixonada por animais fiquei refém dessa foto, pois não queria ter que olhar para aquilo, resultado, o jornal teve como destino o lixo.
Ser jornalista é sim informar e trabalhar para o público em primeiro lugar, mas infelizmente há muitos jornalistas que trabalham para eles sem nenhum respeito ao público.
Todavia, a profissão ainda conta com muitos apaixonados e competentes profissionais que farão um jornalismo melhor para nossa sociedade.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Você é mulher de que papel?



A jornalista Dulcília Schroeder Buitoni escreveu um livro muito interessante que aborda a representação da mulher na imprensa feminina. Desde as primeiras publicações destinadas as mulheres até os tempos atuais.

Na análise das primeiras edições de conteúdos jornalísticos destinados ao público feminino encontra-se uma forte presença de literatura, moda e serviços. Os textos ensinam as mulheres a se vestir, ser boa mãe e esposa além de entender de literatura.

Passando pelos estereótipos da década de 1940, no qual a mulher tem a imagem refletida nas estrelas de Hollywood, época em que o estrangeirismo estava no auge. As revistas eram inundadas por imagens das atrizes de cinema nas sessões de moda e beleza.

É interessante notar que a imprensa feminina se molda a cada contexto político e cultural que o país vive, na febre consumista brasileira na qual as revistas ficaram abarrotadas com propagandas de lojas, todas as reportagens eram moldadas para o consumo. Ou seja, se a mulher for sair com o marido deve usar vestido vermelho encontrado na loja tal.

Se a moda agora é frequentar uma academia de ginástica, o corpo da mulher tem que ser malhado, e dessa vez entram nas páginas exercícios para que a mulher entre no modelo de beleza da moda.

De papel em papel as revistas femininas exercem enorme influência na imagem da mulher, o papel da mãe que trabalha e se sente preocupada com os filhos, a adolescente que sente-se confusa se inicia ou não a vida sexual com o namorado, o papel da mulher independente dona da sua carreira envolvida com o trabalho e mais nada.

Os slogans são perfeitamentes convencedores, se eu leio determinada revista, eu sou chique e inteligente, se eu leio a outra revista, a informação dela vai transformar minha vida, se sou adolescente e leio aquela revista eu sou gatinha e assim seguem muitos slogans que são seguidos a risca, claro sempre ancorados por recursos se'mióticos como meio de persuasão.

Podemos concluir que os recursos são muito bem utilizados pelas revistas femininas, como mostra dados do Instituto Verificador de Circulações (IVC), o mercado de revistas dedicadas ao universo feminino cresceu 27% desde 2000. Se as tiragens estão aumentando é sinal de que as mulheres se identificam com a forma que são caracterizadas nos diferentes papéis utilizados pelas revistas femininas.