domingo, 22 de novembro de 2009

É uma piada


É curioso atualmente analisar os conteúdos da televisão aberta no Brasil e sua falta de cultura e conteúdo. Esse meio de comunicação está apresentando ideologias confusas, pois não a vejo informando e muito menos entretendo.
A quantidade de programas humorísticos nas emissoras é lamentável, humor que muitas vezes só vem para satirizar e tornar piada os graves problemas que se passam na sociedade como escândalos políticos, isso faz tapar os olhos dos cidadãos, não é à toa que o Brasil é conhecido como o país da piada pronta. Pois tudo aqui vira piada.
O que agrava mais a situação não é o problema dos programas humorísticos, mas sim o elenco que os compõem, a moça que até pouco tempo estudava turismo e ganhou fama por causa do micro vestido agora virou humorista, sem nunca ter tido nenhuma experiência na televisão. E o que dizemos aos alunos de artes cênicas que estudam e pagam cursos para tentar trabalhar em uma respeitada emissora de televisão?
Devemos os aconselhar a andar seminus pelas ruas, para que possam conseguir alguma oportunidade de emprego e reconhecimento, assim como aconteceu com a mocinha descolada do vestidinho rosa?
Ora a arte está ficando muito pobre em nosso país, e não é por falta de patrocínio, mas sim por falta de conteúdo de qualidade. É de causar estresse assistir televisão atualmente, vendo de um lado qualquer pessoa que se exibe por ali atuando, e a falta de realidade, principalmente das novelas, aliás, os autores deveriam estudar um pouco de lógica antes de escrever.
É vilão fazendo maldade para mocinha abandonada pelo namorado, a mulher separada vigiando a vida do ex marido, menininhas ricas, mimadas que chorão quando seus caprichos não são atendidos, indianos dançando e enfeitados o dia inteiro. Como se todas as pessoas do mundo fossem desse jeito.
A novela pode até ser um meio de entretenimento para a sociedade, fala-se muito do seu apelo social, qual apelo social?
Não vejo mais apelo social atualmente nas novelas, vejo uma maquiagem que tenta mostrar ao telespectador que a vida da mocinha da novela é pior que a sua, e fique tranqüilo que tudo tem um final feliz. E as pessoas continuam lá em frente à televisão assistindo e se comovendo com o sofrimento dos personagens e depois copiando a moda da novela.
Onde está a cultura desse país, a TV digital chegou com todo o brilho e euforia das emissoras de televisão, mas até quando o telespectador será cobaia dos lamentáveis conteúdos da televisão brasileira?

terça-feira, 10 de novembro de 2009

A luta é mais nobre

Quais os limites para as atitudes humanas? O que leva pessoas a se comportarem de forma parecida com a de animais em busca de uma caça ou na disputa por uma fêmea.

Nas últimas semanas podemos acompanhar pelos meios de comunicação um acontecimento incomum ocorrido em uma universidade na cidade de São Paulo. O tumulto causado por um micro vestido usado por uma aluna de Turismo, causou um enorme tumulto na universidade.

A estudante teve que sair da faculdade escoltada por polícias vestindo um jaleco de um professor. O cenário era de intenso tumulto e desordem.

Segundo o assessor jurídico da faculdade o problema não estava na roupa da estudante, mas nas atitudes da moça. De acordo com o advogado a estudante fez um percurso maior que o habitual para ir até a sala de aula e subiu a saia do vestido enquanto subia as escadas, provocando os alunos.

A estudante chegou a ser expulsa da universidade, mas a decisão foi repensada e a aluna voltará à faculdade.

Esse assunto dividiu opiniões, pessoas em defesa da estudante alegam que não vivemos mais no século XVIII para andar coberta dos pés a cabeça, e que as mulheres ganharam espaço na sociedade através de muitas conquistas, uma delas é o direito de andar de minissaia pelas ruas. E por isso não se justifica as atitudes dos alunos de fazer o tumulto que aconteceu na universidade.

Acerca desses acontecimentos podem ser tomadas duas posturas. Os alunos estão errados sim com a postura tomada, mas a estudante também tem sua parcela de culpa, pois já que decidiu ir trajada daquela forma estava ciente de que poderia provocar essa reação. E se ficar provado sua provocação a atitude da estudante estará mais errada ainda.

De um ponto de vista pode-se afirmar que a luta das mulheres ao longo dos anos é muito mais nobre do que somente poder passear nas ruas mostrando as pernas e o bumbum, a luta é nobre é para ter espaço e respeito na sociedade como a trabalhadora, mãe, esposa e mulher. Não para ter livre exposição da vulgaridade como tem acontecido nos últimos tempos.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

É hora de mudar

A diferença é interessante ainda bem que a cabeça da sociedade está aberta as mudanças, talvez seja a globalização fazendo efeito não só no cenário econômico, mas também na idéia das pessoas.
No que se diz a respeito de mídia as coisas andam mudando. Atualmente a novela das oito conta com uma protagonista negra e jovem, uma quebra de regra, já que a tradição das protagonistas das novelas do autor é de mulheres de meia idade e brancas.
As revistas também estão se adaptando aos diferentes tipos de corpos femininos, apresentam figurinos na moda para mulheres com os quadris mais largos, e acreditem não é nenhum pretinho básico! Determinada marca de cosméticos também inovou e colocou uma gordinha para aparecer de biquíni na televisão.
Neuras que me perdoem, mas cada um tem sua beleza. O contraste da pele negra no tecido branco é lindo, as curvas maiores também proporcionam belos movimentos aos vestidos.
A graciosidade não está detida apenas a um grupo, mulheres com as pernas longas e magras estão na passarela.Hoje em dia é possível ver pernas grossas em bermudas curtas sem escutar nenhum tipo de comentário maldoso. Como já disse a sociedade está aberta a mudanças e a porta de abertura para essas mudanças é a mídia através da maneira que irá abordar e inserir essas mudanças na sociedade.